No início da década de 80, a sibutramina foi desenvolvida como antidepressivo, agindo em áreas do cérebro que controlam não somente o humor e sensação de bem estar, como também o apetite. Em novembro de 1997, o FDA (Food and Drug Administration), agência americana que controla a qualidade de alimentos e medicamentos, aprovou nos EUA o uso da sibutramina para o controle do peso. A sibutramina auxilia na redução do peso promovendo um aumento da sensação da saciedade.
Mas no último mês (janeiro de 2010) a medicação mais popular do mundo foi proibida de ser comercializada na Europa e nos Estados Unidos, não houve a proibição da fabricação e venda do medicamento. O FDA solicitou a inclusão de novas contra-indicações na bula do produto, para informar que a sibutramina não deve ser usada em pacientes com história de doença cardiovascular.
A sibutramina, substância aliada em programas de dieta, está na mira dos pesquisadores de saúde há seis anos. Um estudo chamado SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes) que avaliou 10 mil pacientes durante seis anos, mostrou que a droga aumenta em 16% o risco de infarto do miocárdio, AVC e parada cardíaca em pacientes que utilizaram o medicamento, quando comparados àqueles tratados com placebo.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que ainda está analisando o estudo para decidir se irá proibir a sibutramina a exemplo do que fez a Agência Europeia de Medicamentos. Segundo relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas, o Brasil é o país que mais consome remédios para emagrecer no mundo.
A Anvisa recomendou a contra indicação do uso de medicamentos à base de sibutramina para pacientes com que apresentem:
• obesidade associada à existência, ou antecedentes pessoais, de doenças cardio e cerebrovasculares
• Diabetes Mellitus tipo 2, com sobrepeso ou obesidade e associada a mais um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
Os remédios podem causar gosto estranho na boca e boca seca, náusea, estômago irritado, constipação, problemas para dormir, tontura, cólicas menstruais, dor de cabeça, sonolência, dor nos músculos e articulações.
Contra-indicações da sibutramina:
• Condições psiquiátricas como bulimia nervosa, anorexia nervosa, depressão forte, ou mania pré-existente
• Hipersensibilidade ao remédio
• Pacientes abaixo de 18 anos de idade
• Tratamento concomitante com inibidores da Monoamina Oxidase (MAO), antidepressivos ou outros remédios centralmente ativo
• Hipertensão não suficientemente controlada
• Hipertensão pulmonar
• Lesões existentes na válvulas cardíacas, doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, arritmia sério e infarto do miocárdio anterior
• Infarto ou ataque isquêmico transiente
• Hipertiroidismo
• Glaucoma de ângulo fechado
• Problemas de ataque apoplético
• Alargamento da glândula da próstata com retenção urinária
• Feocromocitoma
• Mulheres grávidas ou lactantes
Fonte:
cvs.saude.sp.gov.br e anvisa.gov.br