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9 de julho de 2013

Despertando o gosto por frutas e verduras no bebê x crianças viciadas em junk food




Já é de conhecimento popular que a alimentação da mãe durante a gestação influência nos gostos dos bebês posteriormente.

Enquanto os pais se esforçam para despertar o interesse dos filhos por frutas e vegetais, um novo estudo aponta que a aceitação desse tipo de alimento tem início ainda na gestação.
Os pesquisadores descobriram que gestantes que possuem uma alimentação mais variada estão menos propensas a ter bebês com paladares exigentes. Ainda, eles identificaram que os bebês aceitam com mais facilidade os alimentos que a mãe consome regularmente durante a gestação e a amamentação.
“A pesquisa mostra claramente que, se as mães ingerirem muitas frutas durante a gestação e a amamentação, seus filhos terão muito mais facilidade em consumir frutas durante o desmame. O mesmo vale para os vegetais. Os bebês são biologicamente atraídos por alimentos que contenham sal e açúcar, mas o mesmo não acontece com alimentos amargos, como vegetais verdes”, explica a pesquisadora Julie Mennella, do Monell Centre, na Filadélfia, nos Estados Unidos.
Então, para que as crianças se interessem por novos sabores, a pesquisadora sugere que eles sejam expostos a uma grande variedade de frutas e verduras para que possam aprender a apreciá-los. E a boa notícia, de acordo com o jornal britânico The Daily Mail, é que eles assimilam alimentos saudáveis bem cedo.
“O segredo é, coma os alimentos saudáveis de que você gosta e quando o bebê estiver na fase do desmame ele estará familiarizado com aqueles sabores”, complementa Mennella.
Testes que comprovam
A pesquisa, apresentada na conferência anual da American Association for the Advancement of Science, trabalhou com 46 bebês com idade entre seis meses e um ano.
Um dos primeiros testes buscava avaliar se eles se interessavam por um cereal com sabor de cenoura. Os pesquisadores notaram que os bebês cujas mães beberam suco de cenoura diversas vezes durante a gravidez consumiram mais de 80 gramas de cereal. Por outro lado, o restante dos bebês ingeriu apenas 44 gramas.
Em outro teste, os bebês consumiram ervilhas durante oito dias. No primeiro dia, eles comeram uma média de 50 gramas, mas, com o passar do tempo, a quantidade ingerida aumentou para 80 gramas.
De acordo com a pesquisadora, esses resultados revelam que o segredo não está em mascarar certos alimentos no preparo dos pratos, mas, sim, fazer com que a criança aprenda a gostar do sabor de frutas e vegetais independentemente de outros alimentos.

“Independente se a criança é amamentada ou não, ela pode aprender logo que o desmame começa. Se os bebês forem repetidamente expostos a frutas e vegetais, logo eles começarão a aceitar esses alimentos. Por volta dos dois anos, não há motivo nenhum que impeça uma criança de ter uma dieta tão variada quanto um adulto”, finaliza a Dra. Julie Mennella.


Também não é de surpreender que pesquisadores tenham descoberto que a ingestão de comidas ricas em gorduras e açúcares por parte das gestantes pode transformar os bebês em viciados em junk food.
O estudo realizado na Austrália e divulgado no jornal The Daily Mail ainda aponta que esse tipo de alimento tem o mesmo efeito químico que drogas como o ópio, a heroína e a morfina podem causar no organismo. Isso demonstra que os impulsos causados por comidas gordurosas representam, de fato, um vício.
No caso das gestantes, os pesquisadores descobriram que esse tipo de hábito pode resultar em alterações no desenvolvimento do cérebro dos bebês. Essas mudanças fazem com que as crianças fiquem menos sensíveis à opióides, substâncias que são liberadas quando ingerimos alimentos ricos em gorduras e açúcares. Esse processo faz com que os pequenos desenvolvam uma tolerância à substância e precisem ingerir quantidades maiores de junk food para se sentirem plenamente satisfeitos.
“Esse estudo mostra que o vício em junk food realmente existe. É triste admitir que a ingestão de porcarias durante a gestação transforme as crianças em viciados em junk food”, admite Dr. Gerald Weissmann, editor do periódico Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dois grupos de filhotes de ratos. O primeiro deles havia passado por uma gestação com uma alimentação adequada para animais e o segundo grupo de ratos havia sido alimentado com junk food humana durante a gestação e amamentação.
Depois de realizar uma série de testes, os cientistas concluíram que os animais afetados pelas porcarias administradas às mães tinham uma menor sensibilidade aos opióides, o que os levava a consumir mais comidas doces e gordurosas.
“Os resultados dessa pesquisa nos permitirão informar melhor as gestantes sobre os efeitos a longo prazo que sua dieta tem no desenvolvimento das preferências das crianças e nos riscos de doenças metabólicas. Com sorte, isso encorajará as mães a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis que levarão a crianças mais saudáveis”, explicou Dr. Beverly Muhlhausler, da Universidade de Adelaide, na Austrália.

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