ADOÇANTES
NA GESTAÇÃO
Este
é um tema bem polêmico entre as gestantes, pois há poucos estudos nesta área.
O
uso de adoçantes na gestação deve ser restrito para gestantes com diabetes ou
com obesidade.
Devemos
também ficar atentas nos produtos light que consumimos, pois estes contêm
adoçantes em sua composição.
Baseado
nas últimas evidências o adoçante mais indicado seria o estévia e o sucralose
(são adoçantes naturais)
Referências:
Feitosa, Alina Coutinho Rodrigues. Aplicação de programa educativo
multidisciplinar em gestações de alto risco devido a doenças endócrinas. Ver.
Bras. Ginecol. Obstet., Out 2010, vol.32, no.10, p.504-509
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou recentemente uma lista com as limitações no uso dos edulcorantes para a população em geral. Para as gestantes as limitações são as mesmas. Vamos conhecê-las:
Sacarina:
É
uma substância capaz de atravessar a barreira placentária de forma limitada e
estudos em animais não mostraram efeito teratogênico, ou seja, não é capaz de
provocar anomalias ou má formação no desenvolvimento do feto durante a
gestação. Porém como ainda existem poucos estudos comprovando ou não o risco da
sacarina para fetos humanos, o uso deste adoçante deve ser evitado durante a
gestação de forma preventiva.
O
limite diário máximo recomendado pela ANVISA é 5mg por quilo de peso. Não
existem recomendações oficiais quanto ao uso de sacarina durante a
amamentação, sendo prudente evitá-la.
Ciclamato:
Suspeita-se
que o ciclamato possa causar efeito negativo na construção genética da célula.
Porém, até hoje não existem relatos de má formação e problemas comportamentais
nos fetos expostos ao ciclamato. Não existem dados disponíveis para recomendar
seu uso durante a lactação.
O
limite máximo diário de ciclamato segundo a ANVISA é de 11mg por quilo de
peso.
Aspartame:
Segundo
os estudos a ingestão de produtos que contenham aspartame durante a
gestação é considerada segura, desde que não haja excesso no consumo. No
entanto, poucos estudos têm avaliado este tema e a maioria dos profissionais de
saúde optam por restringir o aspartame na gestação. O consumo de aspartame pela
nutriz provoca pequena elevação nos níveis de aspartato e fenilalanina no
leite, devendo ser então evitado no período da amamentação.
O
limite máximo segundo a ANVISA é de 40mg por quilo de peso.
Sucralose:
Segundo
a FDA ( Food and Drug Administration) a sucralose não apresenta risco de
provocar câncer, problemas neurológicos ou reprodutivos para os seres humanos.
Porém ainda não há dados sobre o consumo durante a gestação
e lactação.
Acessulfame-K:
Este
não é um adoçante considerado tóxico, causador de câncer ou mutações genéticas
em animais. Não existem estudos em seres humanos sobre o uso deste adoçante na
gestação ou lactação.
Desta
forma o limite máximo recomendado pela ANVISA é de apenas 15mg por quilo de
peso.
Steviosídeo (Stévia)
Em
animais não existe efeitos deletérios durante a gestação. Não foi oficialmente
classificado pela FDA quanto a possíveis riscos na gravidez, e também não há
dados disponíveis sobre o consumo durante a lactação.
O
que observamos é o que maior risco no uso destes produtos talvez seja o consumo
indiscriminado e excessivo, já que as pessoas acreditam que os adoçantes “não
engordam” por isso são “saudáveis”. Na verdade o uso e a indicação são
restritos, principalmente na gestação, orientado sempre pelo médico ou
nutricionista.
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