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27 de junho de 2010

A SÍNDROME DO FOFÃO


HOJE ELAS SÃO FOFAS.
E AMANHÃ?



SERÃO PROVAVELMENTE OBESAS!







Saiu uma matéria muito importante na Revista Veja deste final de semana, sobre Obesidade Infantil. Eu como mestre em obesidade e síndrome metabólica não pude deixar de escrever sobre este assunto.
Crianças são seres adoráveis, com bolechas redondinhas e bracinhos roliços. São fofas. Mas do ponto de vista do nutricionista e do médico, estas crianças fofas apresentam excesso de peso, a saúde está em riso (juntamente com o excesso de peso, aparecem a hipertensão, diabetes, colesterol alto, derrames e ainda o câncer) e elas apresentam alta probabilidade de se tornar um adulto eternamente com problemas de controlar a balança.



As pesquisas mostram que aos 10 anos de idade, crianças acima do peso, têm 80% de chances de se tornar um adulto obesos. No Brasil nos temos uma prevalência de 22% de obesidade, já ultrapassa os EUA e 6% de obesidade infantil.
Pesquisadores descobriram que o excesso de gorduras e açúcares consumidos durante a fase de desenvolvimento, inibe a ação das proteínas, que controlam o apetite e a saciedade e também podem apresentar um desequilíbrio e ao longo da vida esta criança tenha dificuldade de emagrecer e facilidade em engordar.

Então de você está vendo que seu filho está acima do peso, busque uma ajuda profissional, porque aquela idéia de “quando ele crescer, ele emagrece” está equivocada.
Segue algumas dicas:

1) Imponha limites, as regras também são importantes no momento da refeição. Nenhum alimento deve ser proibido, mas um limite precisa ser imposto. Quanto menor a criança, maior a responsabilidade de quem cuida, de quem prepara, oferece e faz as compras da casa.

2) Que tal refletir sobre o conteúdo dos carrinhos de supermercados?

3) Crianças tendem a rejeitar alimentos novos, mas insista várias vezes, pode colocar este alimento em pratos e preparações diferentes.

4) Mude os hábitos alimentares de toda a família. Os pais têm que servir de exemplo para os filhos. O ideal é sempre comprar alimentos saudáveis para o consumo de todos os membros da família, como frutas, legumes, pães, biscoitos sem recheio, leite e derivados, em vez de salgadinhos, balas e alimentos com pouco teor de fibras, alto teor de gordura e alto valor calórico.

5) Planeje e organize os horários das refeições – café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Todos devem estar presentes e a refeição não pode ser feita em frente à televisão. É recomendado fazer seis refeições por dia;

6) Deixe a criança ajudar a preparar os alimentos. Faça com que o ato de cozinhar seja divertido e interessante;

7) Procure mudar as formas de preparar os alimentos, tornando a aparência mais atraente. Seja criativo durante as preparações. Uma maneira muito eficaz de estimular a criança a jantar e almoçar é fazer um prato com formas divertidas, misturando as cores dos alimentos, fazendo, por exemplo, o rostinho de um boneco com o arroz, o cabelinho com a couve, o olhinho com a cenoura, o narizinho com a beterraba. O feijão pode ser a boquinha e o bife, a orelhinha. Assim, a criança se diverte e come tudo;

8) Não dê dinheiro todos os dias para que a criança compre merenda na escola. Estimule o filho a levar o lanche de casa, pelo menos três vezes na semana;

9) Programe atividade física para toda a família. Se você não puder fazer isso, matricule seu filho em atividades das quais ele seja interessado. Mesmo em casa, incentive a criança a se movimentar. A atividade física é um fator super importante para o controle da obesidade.



A alimentação saudável é importante em todas as idades, pois previne doenças e promove a qualidade de vida. Lembre-se: nunca é tarde para mudar, principalmente quando a mudança envolve o seu bem-estar e da família. Para melhores informações, consulte o nutricionista.
 
Aja antes que os filhos completem 10 anos. Depois é quase impossível vencer a obesidade.


TESTE Seu filho está obeso?

1) Observe a criança junto a colegas da mesma idade. Fisicamente, ela está acima do peso?

2) Ela se cansa muito rápido ao praticar atividade física?

3) As peças de roupas que deveriam servir para idade dela constumam ficar apertadas?

4) Ela é hostilizadas por colegas, com apelidos, aponto de não querer ir para escola?

5) Ela demonstra introversão excessiva na relação com outras crianças?

Três ou mais respostas positivas indicam que é hora de procurar ajuda!


Um comentário:

  1. Ótima postagem! A realidade é cruel com estas crianças e os pais precisam se antecipar ao problema! Nós profissionais temos o dever de ajudar as famílias. Parabéns!

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