Sou
a Bruna Rossetti, estudante de Psicologia da FSG, e hoje falarei a respeito da
importância das interações dos pais com os bebês e de suas expectativas ao
longo da gestação.
A
gestação provoca diversas mudanças em diferentes ordens da vida da mãe e do pai
(física, psíquica, hormonal, social, etc), está carregada de sentimentos
intensos que revelam conteúdos inconscientes e conscientes dos pais.
A relação
mamãe-bebê e papai-bebê se inicia através das expectativas, essa primeira
relação serve de base para a relação estabelecida após o nascimento. Elas estão
carregadas de relações passadas, necessidades conscientes e inconscientes e o
mundo interno da mãe. As expectativas podem ser positivas ou negativas. Positivas
por haver o investimento de desejos e fantasias por parte da mãe e do pai. Negativas
quando a mãe e/ou pai fica preso as suas expectativas não dando espaço para as
singularidades do bebê, privando-o de assumir desde já a sua identidade. Freud
já dizia que o bebê começa a se constituir desde antes de sua concepção, desde quando
o papai e a mamãe pensaram pela primeira vez em um filho, quando o mencionaram
e toda a carga de expectativas, planos e desejos passam a ser estruturantes do
psíquico do ser.
Além
das expectativas, dar nome ao bebê e interagir verbalmente com ele chamando-o
pelo nome torna-o mais real e mais próximo, bem como, os chutes e movimentos
fazem com que a mãe sinta maior presença do bebê e assim já opinar sobre seu
temperamento.
Como
os papais não tem o contato direto com o feto e nem o sentem movimentar-se
dentro de si, é muito importante já ir construindo as relações com o bebê
através da conversa, para que assim ele reconheça a voz do pai ao nascer, e do
toque na barriga da mãe para sentir os movimentos em resposta aos estímulos.
Pequenos atos como esse tornam o bebê mais próximo e concreto para o pai.
Portanto,
se é ao longo da gestação que o bebê passa a se constituir como ser no
universo, deve-se buscar a interação sempre focando no positivo, desejando que
ao nascer seja possuidor de diversos recursos para enfrentar a vida, recursos
como coragem, determinação, segurança, persistência, humildade, generosidade,
entre outros. As mamães devem sempre buscar manter a calma e o equilíbrio, já
que tudo que a mãe sente o feto também sente. Assim o bebê passa a incutir em
sua personalidade e identidade tais desejos.
Criar
um ambiente aconchegante onde pai e mãe possam interagir diariamente com calma
e tranquilidade também reflete em maior interação pós-parto, pois assim, ao
nascer, o bebê já será capaz de reconhecer seus genitores e interagir com
ambos.
Lembre-se
sempre, CARINHO e RECONHECIMENTO são as maiores ferramentas do ser humano!
Curta muito sua gestação, converse e acaricie muito seu bebê. Ele ficará muito
feliz e vocês criarão uma ligação muito forte.
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